11 maio O efeito da obesidade materna nos ácidos graxos do leite materno e sua associação com o crescimento e cognição Infantil.
Estudo aponta que leite materno de mães obesas possui menores concentrações de compostos lipídicos, essenciais para o desenvolvimento do cérebro de bebês.
O objetivo do estudo foi comparar se as amostras de lactantes obesas e não obesas teriam as mesmas concentrações de ácido eicosapentaenoico (EPA) e de ácido docosahexaenoico (DHA), compostos lipídicos extremamente importantes para o desenvolvimento do cérebro, olhos e inteligência da criança. Estes compostos são tão importantes que mesmo fórmulas a base de leite de vaca acrescidas com eles não conseguem atingir a qualidade similar à do leite materno.
Os resultados mostraram que o leite de mães obesas pode conter menores concentrações de EPA e de DHA. O ganho de peso gestacional e a alimentação da mãe é capaz de fazer uma programação metabólica no feto e quanto melhor esta alimentação for e mais adequado o ganho de peso nesta fase, melhor será a saúde das futuras gerações.
A obesidade materna está associada a alterações no perfil de ácidos graxos (FA) circulantes e alterações placentárias, incluindo um ambiente lipotóxico, um estado pró-inflamatório e estresse oxidativo elevado, que juntos levam a modificações nos transportadores de AG que afetam o desenvolvimento dos fetos, órgãos como o cérebro, fígado, tecido adiposo e músculo esquelético. Além disso, a obesidade materna reduz o tempo de amamentação e altera a composição de AG do leite materno.
Os resultados sobre os perfis lipídicos de amostras de leite materno foram publicados no Journal of Food Composition and Analysis, importante periódico da área de Nutrição e de Alimentos.
Referencia Bibliográfica:
Sem Comentários