Amamentação: faz bem para o seu bolso

Custo e economia da prática do aleitamento materno para a família:

Vários estudos têm comprovado os benefícios da amamentação natural na saúde da criança, na saúde da mulher, no fortalecimento do vínculo afetivo entre mãe e filho, bem como na economia para famílias, instituições de saúde, governos e nações, entre outros aspectos.

A alimentação artificial consome grande parte da renda familiar, sendo que tais recursos poderiam ser utilizados para comprar outros alimentos e suprir as demais necessidades da família. Alimentar uma criança, nos seis primeiros meses de vida, com leite artificial consome cerca de 35% do salário mínimo e 11% com leite tipo C (leite de vaca). E ainda não estão somados os gastos adicionais com bicos e mamadeiras, gás para ferver a água e esterilizar mamadeiras, além de possíveis gastos em saúde com o uso de medicamentos, combustível, tempo para se deslocar ao hospital e falta ao trabalho decorrentes das morbidades associadas com maior frequência aos lactentes alimentados artificialmente.

O gasto em saúde durante o primeiro ano de vida é muito menor quando as crianças estão em aleitamento materno de acordo com as recomendações internacionais. A vantagem econômica do aleitamento materno é clara, além de ser mais saudável, tanto para a mãe, como para seu filho, que receberá o melhor alimento, o leite materno, traz vantagens econômicas importantes para famílias.

Essa vantagem deve ser considerada, principalmente em famílias de baixo poder aquisitivo. O alto custo do leite artificial leva a um possível comportamento, que é o da diluição do leite, com graves consequências para o crescimento, desenvolvimento e a própria sobrevivência das crianças.

Entende-se que estes dados sobre valor econômico do aleitamento se agregam àqueles já conhecidos, relativos à maior imunidade e valor nutricional superior, entre outros.

Além disso, a qualidade de vida da nutriz e da criança amamentada e de sua família tende a ser melhor, na medida em que há uma menor frequência de morbidade e menos hospitalizações.

Infelizmente, ainda é baixa no Brasil a prevalência de lactentes amamentados exclusivamente até os seis meses de idade, período recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo governo brasileiro.

Em uma situação de impossibilidade de a criança receber leite materno, a fórmula infantil tem sido indicada, por ser modificada especialmente para atender as necessidades nutricionais e as condições fisiológicas do lactente no primeiro ano de vida. No entanto, é importante considerar que os produtos industrializados destinados a lactentes não apresentam dois benefícios fundamentais, só supridos pelo leite materno: o imunológico e o emocional.

Os profissionais de saúde devem estar suficientemente conscientes desses benefícios, para que, no pré-natal e no pós-parto, possam orientar e apoiar às mães para que amamentem exclusivamente até os seis meses e continuem com a amamentação até os dois anos de idade ou mais.

Não amamentar pode significar sacrifícios para uma família com pouca renda. Dependendo do tipo de fórmula infantil consumida pela criança, o gasto pode representar uma parte considerável dos rendimentos da família. A esse gasto devem-se acrescentar custos com mamadeiras, bicos e gás de cozinha, além de eventuais gastos decorrentes de doenças, que são mais comuns em crianças não amamentadas.

 

Referências:

Araujo MFM, Del Fiaco A, Pimentel LS, Schmitz BAS. Custo e economia da prática do aleitamento materno para a família. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil. Recife 4 (2): 134-141, abr./jun., 2004

Bruna Grazif
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Enfermeira, consultora em Aleitamento Materno e Laserterapeuta. Empreendedora e mamãe do bebê genial, Miguel. Nasci em Minas Gerais, me formei em Belo Horizonte, mas foi em São Paulo, capital, que comecei a trilhar minha história e decidi aprofundar meus conhecimentos sobre Aleitamento Materno. Logo após a gestação do meu bebê, comecei minha trajetória de trabalho empreendedor, o que me possibilitou evoluir meus conhecimentos. Meu trabalho é reconhecido a cada dia pelo atendimento dedicado, próximo e humano que ofereço. Sou Coautora do Livro "Segunda Infância Volume 2". Não trabalho, cumpro uma missão. Um grande beijo e conte comigo!

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