31 out Amamentação prolongada: até quando amamentar seu filho?
Será que os palpites de quem critica a amamentação prolongada têm algum fundamento? O leite materno ainda traz benefícios, mesmo quando a criança já tem uma dieta de sólidos estabelecida? A resposta é sim. Mesmo depois dos seis meses, quando o bebê já passa a comer e a ingerir líquidos, o leite materno continua trazendo benefícios. O leite materno é o mais adequado para os bebês e quanto mais tarde se introduz o leite de vaca, menor a probabilidade de as crianças apresentarem reações alérgicas e infecções, além disso está relacionado com menor chance de sobrepeso e obesidade.
As evidências científicas demonstram que há benefícios da amamentação prolongada não só do ponto de vista nutricional, mas também imunológico, metabólico, ortodôntico, fonoaudiológico, afetivo, intelectual, econômico e social.
Dados da UNICEF mostram que, no segundo ano de vida, 500 ml de leite materno fornece 95% das necessidades de vitamina C, 45% das de vitamina A, 38% das de proteína e 31% do total de energia de que uma criança precisa diariamente.
Tudo isso é evidenciado de forma intensa quando a amamentação ocorre de forma exclusiva até os 6 meses de idade e complementada até pelo menos os 2 anos ou mais” – recomendações, aliás, da Organização Mundial de Saúde, da Sociedade Brasileira de Pediatria e do Ministério da Saúde. Não existe embasamento científico para se dizer o contrário, isso só mostra uma visão ultrapassada sobre o assunto.
Referência: Ministério da Saúde. Saúde da Criança: Nutrição Infantil Aleitamento Materno e Alimentação Complementar. Brasília: Ministério da Saúde; Caderno de Atenção Básica, nº 23.
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